A negociação de quarta-feira, 10, entre a CEE e a representação da Caixa não avançou nas discussões sobre o principal tema: Funcef. O banco se recusa a criar um grupo de trabalho para das solução às pendências do fundo de pensão.
Um dos principais problemas se refere ao CTVA, parcela da remuneração que nunca entrou nos cálculos das contribuições à Funcef. A Caixa não vem acatando as decisões judiciais favoráveis aos trabalhadores. “O Judiciário teve entendimento de que não se trata de falta de contribuição, mas de indenização pelo não recolhimento por parte da empresa. A Caixa criou o CTVA – que de temporário e variável não tem nada – justamente para suprimir este e outros direitos”, destacou Rogério Campanate, representante estadual na CEE.
Com a quebra na paridade empregados/empresa na direção da Funcef – depois de uma alteração unilateral do estatuto – e a persistência do voto de Minerva da direção da Caixa, os participantes têm menos influência nas decisões. A direção da Caixa insiste que há paridade e se limitou a registrar as reivindicações. Quanto ao GT, a representação da empresa entende que deve ser criado dentro da Funcef.
MAIS PENDÊNCIAS
A nova presidenta da Caixa ainda não recebeu a representação dos trabalhadores, apesar de muitos pedidos de reunião. Para tentar melhorar a imagem da Caixa depois do escândalo de assédio sexual, a empresa criou o programa “Caixa Para Elas”, que só trouxe mais trabalho para as funcionárias. As bancárias são orientadas a fazer fotos para promover o programa, o que lhes acrescenta ainda mais trabalho a uma rotina de sobrecarga.
Outra discussão não concluída foi sobre teletrabalho. A CEE reivindica um Acordo Aditivo para o assunto, regulamentando questões como a estrutura adequada, a necessidade de ajuda de custo e o acesso dos Sindicatos aos trabalhadores. Este debate continua na próxima reunião, marcada para esta sexta-feira, dia 12.