Em negociação com o banco na última sexta-feira, 28, o movimento sindical conquistou a anistia total de todas as horas negativas acumuladas no período da pandemia. O novo prazo para compensação foi antecipado para 31 de outubro e o banco de horas será zerado, sem nenhum prejuízo para os bancários.
Na fase mais aguda da crise sanitária, muitos empregados foram afastados de seus locais de trabalho por pertencerem a grupos de risco ou ficaram em regime de rodízio de agências. Este afastamento os impediu de cumprir suas jornadas de trabalho, o que gerou um acúmulo de horas negativas que, em muitos casos, tornou a compensação inviável.
Em fevereiro de 2021 foi assinado com o banco um acordo para compensação de horas negativas que ficaria em vigor até agosto deste ano. O limite de compensação acordado entre as partes foi de duas horas diárias, para evitar sobrecarga de trabalho. Em setembro, outra negociação prorrogou o prazo até 31 de dezembro, mas muitos empregados continuaram com um quantitativo de horas a compensar muito elevado.
A antecipação do prazo final para a compensação e a anistia das horas não compensadas traz alívio para muitos bancários e bancárias que ficaram impedidos de trabalhar em função da necessidade de isolamento social. “O regime de home office não foi instaurado logo de início, algumas funções não podem ser exercidas em teletrabalho e houve outras situações que acabaram contribuindo para o acúmulo de horas a compensar. Aqueles e aquelas que estavam com horas negativas já viviam a tensão de não conseguir zerar o banco e acabar sofrendo perda nos vencimentos. Com a anistia, este problema está afastado definitivamente”, comemora Adriana Nalesso, presidenta da Federa-RJ e funcionária do Itaú.