Filme sobre Sindicato dos Bancários de Brasília estreia no Festival do Rio

Já na sinopse o filme “Palco de Luta” diz a que veio: “Uma reflexão sobre o futuro do trabalho a partir do mergulho na história de um dos mais atuantes sindicatos do Brasil”. Produzido para marcar os 60 anos do Sindicato dos Bancários de Brasília, o filme estreou no Festival do Rio em sessão para convidados na quinta-feira, 13. A presidenta da Federa-RJ, Adriana Nalesso, compareceu à estreia para prestigiar a produção e saudar os sindicalistas brasilienses pela iniciativa.

Depois de realizar dois longas de ficção premiados e seis curtas, Palco de Luta é o primeiro longa documentário do brasiliense Iberê Carvalho. A opção por um cineasta alheio às questões sindicais foi proposital. “Queríamos um filme que não fosse linear, em que o presente dialogasse com o passado e projetasse o futuro”, conta Kleytton Morais, presidente da entidade. “Também que os processos do movimento sindical pudessem ser refletidos no filme. Que pudesse sacolejar os trabalhadores e trabalhadoras sobre a necessidade de engajamento na vida política”, completa Kleytton.

As entrevistas revelam a importância da luta sindical para a sociedade. “Eu não tinha nenhum vínculo com sindicatos antes deste trabalho. O filme mudou minha maneira de ver os sindicatos e de entender a luta”, afirma Iberê Carvalho. Reação semelhante foi registrada entre o público. “Ouvimos pessoas comentarem como é rico e complexo o trabalho sindical e como não conheciam estes processos e discussões.

speramos ajude a fazer as pessoas perceberem o quanto os sindicatos em bom funcionamento significam para os processos democráticos. Que percebam que só há direitos com pessoas organizadas e com sindicatos fortalecidos”, relata o presidente do SEEB-Brasília.

O filme aborda, inclusive, o chamado processo de uberização, mostrando a situação de uma jovem que, depois de passar por um estágio no BB, tornou-se entregadora de aplicativo. Vale lembrar que o Sindicato dos Bancários de Brasília foi uma das entidades que se uniram à CUT-DF para criar um Centro de Apoio para entregadores, ambulantes, carteiros e demais trabalhadores que atuam na rua.

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