A direção da Federa-RJ e de sindicatos filiados – Rio de Janeiro, Sul Fluminense, Petrópolis, Teresópolis, Campos dos Goytacazes e Niterói – participaram de reunião com representante do setor de relações sindicais do Bradesco nesta sexta-feira(7).
Um dos pontos principais foi a migração do “Exclusive”. A presidenta da Federa-RJ, Adriana Nalesso, ressaltou que o encaminhamento de clientes para os meios digitais é preocupante, já que dificulta o cumprimento das metas. Diante desse quadro, propôs a redução de metas e realocação de funcionários, com objetivo de evitar demissões.
A alteração da nomenclatura de cargos (Escriturário para Agente de Negócios e de Caixa para Agentes de Negócios/Caixa) e o temor de que o banco passe a exigir o CPA10 e CPA 20 também foram abordados.
Na pauta ainda a cobrança de metas e o fechamento de caixas eletrônicos, o que tem causado transtorno e até agressões aos bancários por parte de clientes indignados.
A representante do Bradesco, Eduara Cavalheiro, se comprometeu a analisar a reivindicação a respeito do Exclusive. Ela garantiu que não há implicações na mudança de nomenclatura dos cargos, afirmando que o banco apenas incentiva que os(as) bancários(as) busquem a certificação em CPA 10 e CPA 20. Quanto às metas, a representante do Bradesco afirmou que o tema será tratado diretamente com a Comissão dos Empregados do Bradesco (COE) no primeiro semestre de 2023. Já em relação ao fechamento de caixas, a alegação de que é resultado da falta de demanda, com a maior busca dos canais eletrônicos pelos clientes, não foi aceita pelos representantes sindicais.
José Ferreira, presidente do Bancários Rio, afirmou que a entidade tem recebido denúncias de bancários e bancárias agredidos por clientes indignados com a redução do atendimento.
“A união dos sindicatos filiados para apresentação de questionamentos conjuntos sobre a atuação do Bradesco é muito positiva. O banco precisa entender que estamos unidos na defesa de direitos da categoria e que vamos cobrar soluções para os problemas enfrentados. Essa reunião foi apenas a primeira”, avalia Adriana Nalesso.