Em ato realizado nesta quarta-feira (24/1), movimentos sindicais e sociais se reuniram em frente ao Consulado da Argentina, em Botafogo, para demonstrar apoio às trabalhadoras e trabalhadores da Argentina, que estão tendo os direitos atacados pelo atual presidente ultraliberal, Javier Milei. A Federa-RJ esteve na manifestação.

O extremista Javier Milei anunciou uma série de mudanças na política econômica e social da Argentina, que fere diretamente os direitos da classe trabalhadora. Dentre as medidas, está a privatização completa ou parcial de 40 estatais; a proibição de greves para funcionários públicos; aumenta impostos sobre a soja; limita gastos com o FNA, responsável por financiar bolsas para artistas, entre outros.

O posicionamento contrário aos ideais de Milei fez com que a população da Argentina se mobilizasse contra os ataques e organizasse uma “Greve Geral” convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) para esta quarta. A greve foi atacada pelo governo de Javier, que ameaçou processar os mobilizadores, descontar o dia de funcionários públicos que aderirem e criou também canais de denúncias.

Dias antes da greve geral, Javier anunciou mudanças no decreto “Lei Ônibus”, para que fosse aprovado rapidamente pelo Congresso e como uma possível forma de parar a mobilização dos movimentos sociais e sindicais, mas toda manifestação foi mantida.

Adriana Nalesso, presidenta da Federa-RJ, comenta a importância de se aliar às pautas dos trabalhadores de forma geral. “É preciso de apoio. Nós, do movimento sindical, temos compromisso em defender a classe trabalhadora, seja no Brasil ou fora dele. As medidas de Milei são extremistas e contra o povo. Aqui, tivemos uma experiência terrível no governo Bolsonaro que extinguiu até o Ministério do Trabalho, então sabemos o que as companheiras e companheiros argentinos estão enfrentando”, diz.