Dia do Bancário e Bancária também é dia de luta!

Nesta quarta-feira (28), celebramos essa data significativa que marca as conquistas e a trajetória de luta das bancárias e dos bancários em todo o Brasil. Oficializada em 1952, por deliberação do 4º Congresso Nacional dos Bancários, a data foi transformada em lei em 1964 e hoje é feriado em mais de mil cidades brasileiras, reconhecida por legislações municipais e estaduais.

Este ano, o Dia do Bancário e da Bancária não está sendo para comemorar, mas sim para protestar. Em plena Campanha Nacional da categoria, ontem (27), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltou a desvalorizar a categoria bancária e negou a reivindicação por aumento real.

No início do encontro, a entidade propôs reajuste de 90% do INPC, o que resultaria em perda salarial de 0,38%. O Comando rejeitou prontamente e uma pausa foi solicitada pelos bancos. No retorno, a entidade apresentou proposta de 100% do INPC nos salários e demais verbas (sem ganho real), somente em janeiro de 2025. Com essa proposta, a antecipação da participação nos lucros e resultados (PLR) ocorreria sem reajuste. O comando rejeitou novamente.

O dia terminou sem avanços, por isso hoje aconteceram manifestações em todo o Brasil, inclusive nos sindicatos de base da Federa-RJ. Já em São Paulo, a negociação continua.

A 11ª rodada de negociações começou hoje(28) com uma mesa de apresentação de cursos para inclusão de mais mulheres na TI dos bancos para mudar o quadro do setor. “Essa é uma pauta importante na Campanha Nacional porque ajuda na luta por igualdade de oportunidades e salarial entre homens e mulheres”, afirmou Adriana Nalesso, presidenta da Federa-RJ, presente na mesa.

Depois a Fenaban apresentou mais uma proposta indecente, mais uma vez recusada. A negociação está temporariamente suspensa.

Diante da falta de empenho da Fenaban em concluir as negociações, o Comando Nacional pontuou que estará em São Paulo para as negociações até sexta-feira, o prazo que os bancos têm para apresentar uma proposta decente. Além disso, o coletivo também decidiu realizar assembleias no dia 4 de setembro, antecedidas de plenárias, a partir das 18h, para que a categoria avalie propostas ou os rumos das mobilizações.

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