Saúde e conjuntura política. Esses foram os temas das mesas da manhã deste sábado(14) da Conferência Estadual de Bancários e Bancárias do Rio de Janeiro, organizada pela Federa-RJ.
No debate sobre saúde, o diretor Nacional de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, avaliou que o tema, que sempre foi central para a categoria com discussões como a saúde mental e LER/Dort, se aprofundou na pandemia e com atual mudança do modelo de negócios. Lembrou toda a mobilização realizada pelo Comando Nacional em 2020 para exigir adoção de protocolos de prevenção e que o desafio persiste no momento em que os bancos querem antecipar a volta de todos ao trabalho presencial mesmo diante do alarmante número de mortes e quando a variante Delta se espalha pelo país. Salles considera irresponsável a volta a uma falsa normalidade nesse momento, ressalta a necessidade de implementar a vacinação da categoria, já prevista no Plano Nacional de Imunização mas não efetivada em muitas cidades e reforça a importância da caracterização da Covid-19 como doença do trabalho.
A análise de conjuntura, realizada pelos vereadores do PT Reimont e Lindbergh Farias, do representante do PCdoB, Uirtz Sérvolo, e da presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, apontou o tamanho da crise vivida no país, mas trouxe também esperança.
Para Reimont, “Vivemos um novo horizonte com possiblidade de reação ao fascismo e à falta de diálogo”. Uirtz Sérvolo ressaltou as recentes vitórias do campo progressista no cenário internacional. Já Lindbergh Farias, concordando que vivemos momento de virada, alertou que “É preciso evitar novo golpe e garantir não só a eleição de Lula como o apoio no Congresso. Temos que apostar na organização popular, aprender com a história e os bancários têm papel importante nesse cenário”. Juvandia Moreira, considerou inadmissível a situação do país com mais de 20 milhões de pessoas na miséria e a insensibilidade do governo diante das 600 mil mortes. “Temos que construir ambiente de luta, de resistência, de diálogo, que tem que tomar as redes, mas as ruas também. São vidas em jogo”, afirmou.
A presidenta da Federa-RJ, Adriana Nalesso, reforçou a responsabilidade do movimento sindical: “Nosso desafio é lutar por um país mais justo e soberano”.