“Amanhã de manhã
Quando a gente acordar quero te dizer
Que a felicidade vai desabar sobre os homens”*
A primeira Conferência Estadual dos Bancários e Bancárias do Estado do Rio de Janeiro organizada pela Federa-RJ foi iniciada neste sábado (14) com música e esperança, tão necessárias para o momento atual. Pela manhã, além da aprovação do regimento interno, foi realizada homenagem às vítimas da COVID-19 no movimento sindical bancário, na categoria e em todo o estado, que já soma mais de 60 mil vítimas perdidas em consequência da irresponsabilidade no enfrentamento da pandemia (assista ao vídeo no nosso Facebook).
Adriana Nalesso, presidenta da Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), abriu o encontro ressaltando a conjuntura que impõe defesa firme da democracia, direitos e da vida, e a importância da unidade para enfrentar os desafios atuais.
A Conferência conta com mais de 200 participantes, entre eles os presidentes dos sindicatos filiados: Jorge Antônio, de Niterói; Rafanele Pereira, de Campos dos Goytacazes; Marcos Alvarenga, de Petrópolis; Cláudio Mello, de Teresópolis; José Ferreira, do Rio de Janeiro; Júlio Cunha, do Sul Fluminense. Nas falas de abertura do evento, entre os presidentes o consenso sobre a necessidade de defender a democracia, resistir ao ataque aos direitos, enfrentar as mudanças no mundo do trabalho, defender os bancos públicos, a saúde e a vida de bancários e bancárias.
As centrais sindicais também foram representadas na Conferência saudando a iniciativa da Federa-RJ. Sandro Cezar, da CUT-Rio; Paulo Farias, o Paulinho, da CTB; e Sérgio Ribeiro da CSP Conlutas ressaltaram a importância da categoria bancária e sua organização nacional na luta dos trabalhadores e trabalhadoras, e a urgência de reação aos ataques atuais.
Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, falou da alegria de ter a Federa-RJ na organização da luta no Rio de Janeiro e que considera que “as conferências são espaços privilegiados que amadurecem as resoluções a serem definidas na Conferência Nacional. No Rio esse é um momento especial por ser a marca do nascimento da Federa”, afirma. Juvandia reafirmou também a responsabilidade da categoria no enfrentamento não só de Bolsonaro, que personifica os retrocessos, mas ao neoliberalismo que o sustenta.
Na Conferência Estadual ainda ocorrerão neste sábado mesas de debates e eleição dos delegados que representarão o Rio de Janeiro na Conferência Nacional.
*Tom Zé / Antonio Perna