A segunda par
te do Encontro Estadual dos Bancos Privados que aconteceu virtualmente nesta quinta-feira, 29/7, foi dedicada a discussão das questões de cada banco. Os participantes foram divididos em grupo e definiram as principais bandeiras de luta a serem levadas aos Encontros Nacionais, em agosto.
BRADESCO
Na sala dedicada as discussões sobre o Bradesco, comandada pelo diretor do Sindicato dos Bancários do Rio e membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Leuver Ludolff, foram debatidos: emprego e segurança, saúde e proteção da vida, direitos no teletrabalho, metas abusivas, PLR do HSBC e campanha nas redes sociais.
O fechamento de grande número de agências e a transformação de muitas outras em unidades de negócios, gerando demissões, é uma das principais preocupações dos funcionários e funcionárias que não contam mais com seguranças nos locais por não possuir caixa, cofres e nem valores em espécie.
No tocante ao teletrabalho, o banco prometeu ajuda de custo, mas dificulta a liberação do recurso exigindo assinatura de novos contratos.
Serão retomadas as negociações em relação aos planos de saúde e odontológico que foram atropeladas pela pandemia, dando lugar a exigência de cumprimento de protocolos de segurança.
Esses e outros temas serão levados para discussão no Encontro Nacional, dia 3 de agosto, pelos 13 representantes do Rio eleitos durantes o encontro.
ITAÚ
A reunião do Itaú foi conduzida pelo coordenador da COE, Jair dos Santos, que ressaltou que a pauta negociada com o banco é extensa e passa por questões como emprego, remuneração e a necessidade de um acordo sobre o Gera, além de saúde e condições de trabalho.
A presidente da Federa-RJ, Adriana Nalesso, lembrou que há um acordo entre o Comando Nacional e a Fenaban para o retorno pleno ao trabalho apenas quando 70% a 80% da população estiver imunizada.
O parcelamento de horas negativas e o não acúmulo de funções, entre outros assuntos, também serão levados, pelos 14 delegados eleitos para o Encontro Nacional que irá acontecer no dia 5 de agosto.
SANTANDER
O diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Marcos Vicente, abriu o encontro do Santander lembrando que este é o banco que apresenta maiores dificuldades por se negar a negociar. Esta postura já valeu, inclusive, uma condenação pela 50ª Vara do trabalho de São Paulo, na última terça-feira, 27/7, por postura antissindical.
Assédio moral, metas abusivas em plena pandemia, demissões, protocolos inadequados de prevenção à Covid-19 são preocupações que afligem os bancários e as bancárias do banco espanhol. Foi aprovada a criação de uma Frente Parlamentear na Alerj e na Câmara dos Vereadores como forma de pressão e denúncia sobre as atividades do banco.
Essas são as discussões que serão levadas para o Encontro Nacional no dia 3 de agosto.
MERCANTIL DO BRASIL
A diretora do Sindicato dos Bancários do Rio e integrante da Comissão de Organização dos Empregados do Banco Mercantil do Brasil (COE), Marlene Miranda, abriu a reunião lembrando a importância da presença da categoria nos debates.
Os temas do Mercantil que serão levados para o Encontro Nacional do dia 5 de agosto são: testagem de covid-19 nas agências; preenchimento da Comunicação de Acidente de trabalho (CAT) pelo próprio banco, entendendo que a Covid-19 é uma doença do trabalho; valorização das mulheres, pois os homens têm tido mais oportunidades; manutenção do emprego e fim da rotatividade.
CCT
Este ano não haverá negociação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), já que a assinada em 2020 é válida até 2022, mas vários temas de fundamental importância estão sendo negociados, e para serem conquistados dependerão da participação e mobilização dos funcionários e funcionárias.