Os integrantes do Comando Nacional voltaram a São Paulo na tarde desta sexta-feira para assinar a nova Convenção Coletiva de Trabalho e os Acordos Aditivos. Até 31 de agosto de 2024 os bancários e bancárias terão assegurados todos os direitos contidos nos documentos. Os reajustes já valem para setembro e o adicional de R$ 1 mil no VA entra até outubro.

A PLR também já está a caminho. Os bancos têm até o final do mês depositar a primeira parcela, mas o Comando reivindica o pagamento antes desta data. No BB, os depósitos serão feitos já na segunda-feira(5) e na Caixa, dia 09, sexta-feira que vem. No Bradesco, Itaú Santander e demais bancos as datas ainda estão em negociação, mas o pagamento também deve ser antecipado.

Dinheiro circulando

Os reajustes e a PLR da categoria bancária injetam um considerável volume de dinheiro na economia. Só de participação nos lucros, já entram R$ 4 bilhões este mês, com o total atingindo R$ 8,7 bilhões até março, com o pagamento da segunda parcela. A recuperação do poder de compra do VA e do VR também aquece o setor de alimentação. Só o abono de R$ 1 mil no VA será responsável por colocar em circulação no comércio um total de R$ 457 milhões, provocando um efeito cascata que repercute na indústria, no setor agropecuário e no segmento de logística e transporte. Os reajustes nos vencimentos aumentam a massa salarial da categoria para um total aproximado de R$ 56,4 bilhões ao ano.

A assinatura da CCT e dos Aditivos não significa que a categoria bancária poderá se acomodar. “Nossos direitos estão garantidos por dois anos, mas não podemos descansar. Temos eleições decisivas à frente e precisamos garantir não só a ascensão de um governo democrático, mas de um Legislativo que nos represente e defenda nossos interesses”, ressalta Adriana Nalesso, presidenta da Federa e integrante do Comando Nacional. “E ainda temos que lutar pela correção da tabela do Imposto de Renda, para diminuir a mordida do Leão em nossos vencimentos. Temos muita luta pela frente”, completa a dirigente.