Mais uma semana e novas reintegrações. Essa ação já está quase virando uma rotina no departamento jurídico dos Sindicatos dos Bancários.
Em Campos do Goytacazes, Jorge Roberto Cordeiro, demitido em outubro de 2020, voltou a trabalhar na agência 0065 do Bradesco. O bancários foi demitid
o depois de mais de 37 anos de dedicação ao banco. Portador de Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e integrante de grupo de risco para a Covid-19, Jorge estava trabalhando em home office quando foi comunicado da demissão. “O banco não dá justificativa. O banqueiro nos trata como peça descartável. Não oferece melhores condições de trabalho e depois não quer reparar o erro”, define o bancário.
Já o Sindicato dos Bancários do Rio realizou três reintegrações. Todas no banco Itaú. Renata Santana, demitida enquanto estava grávida; Vania Rodrigues e Sheila Cordeiro, ambas em tratamento de doenças no momento de demissão retomaram seus postos de trabalho no banco.
“É entristecedora a forma com que os bancos tratam os funcionários. Demitem gestantes, pessoas em tratamento de doenças sérias, num momento mais do que crítico, que estamos lidando com a pandemia. O bancário e a bancária precisam se juntar aos que estão com eles na mesma luta”, resume Adriana Nalesso, presidenta da Federa-RJ.
