A mesa de negociação com a Fenaban de hoje (11/7) sobre a Igualdade de oportunidade tratou de diversos assuntos. Entre eles, equiparação salarial entre homens e mulheres; política de inclusão e ascensão social para negros, negras e minorias; relatório de transparência de gênero e raça; aumento de mulheres na área de TI; fim do assédio sexual; padronização da licença maternidade de 6 meses para mulheres e 20 dias para homens; além de aumento de proteção a mulheres bancárias vítimas de violência.
Esse tema apareceu na Consulta Nacional em 1ª colocação para 65% das mulheres o que deixou claro que apesar de representarem quase 48% da categoria, as bancárias percebem claramente a situação de desigualdade. Elas têm remuneração média 20% inferior à remuneração média dos homens bancários. O recorte racial revela uma distorção ainda pior: as mulheres bancárias negras (pretas e pardas) têm remuneração média 36% inferior à remuneração média do bancário branco.
Por isto para Adriana Nalesso esse tema é fundamental. “O debate de inclusão é da sociedade, é fundamental o compromisso dos bancos com políticas de inclusão contemplando raça, gênero, orientação sexual. Combater qualquer forma de discriminação e reduzir as desigualdades é nossa missão”, explicou a presidenta da Federa-RJ.
Outros pontos também receberam um destaque especial, como o questionamento das ações que os bancos estão fazendo em relação à violência contra a mulher. “Existem cláusulas conquistadas nas campanhas de 2020 e 2022, de prevenção e combate à violência doméstica e familiar e de combate ao assédio sexual, por isso queremos os números para saber quantas são e como as mulheres vítimas foram atendidas, se foram acolhidas realmente, protegidas e não revitimizadas”, questionou Adriana.
Os representantes dos bancos indicaram o compromisso de buscar soluções para esses problemas. Vão se reunir com as empresas para trazer propostas que respondam às reivindicações da categoria.
As próximas mesas serão dias 18 e 25/7 para debater Saúde e condições de trabalho: incluindo discussões sobre pessoas com deficiência (PCDs), neurodivergentes e combate aos programas de metas abusivas.