Para os bancários e para a população: insegurança e risco de vida. Para os vigilantes: desemprego. Para os banqueiros: mais lucro. Esse é o panorama do que vai acontecer caso o Projeto de Lei 4772/2021 seja aprovado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O assunto foi discutido em reunião na tarde desta terça-feira (28) com um dos autores do PL, o deputado estadual Rosenverg Reis (PMDB).

Essa é mais uma etapa do esforço das entidades sindicais para tentar arquivar a proposta. Na semana passada, o tema foi levado ao presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), que retirou o projeto da pauta.

A presidenta da Federação da Bancárias e Bancários no Ramo Financeiro do Rio de Janeiro (Federa-RJ), Adriana Nalesso, ressaltou na reunião que a proposta atinge, somente na base da Federação, cerca de 40 mil bancários e bancárias, além de prejudicar a população.

“Argumentamos que os bancos estão em situação muito confortável, apesar da crise atual. A economia registrada com a redução de custos com infraestrutura nas agências durante a pandemia foi de mais de R$750 milhões. Nossa defesa é da segurança dos bancários, bancárias e da população. Se o projeto não for arquivado, realizaremos outras ações para que ele seja derrotado”, afirma Adriana Nalesso.

O deputado Rosenverg Reis assumiu o compromisso de discutir com o presidente da Alerj a possibilidade de arquivar o projeto sem levá-lo ao plenário. Além da presidenta da Federa-RJ, participaram da reunião o presidente do Sindicato dos Bancários Rio, José Ferreira, o coordenador do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Pedro Batista, o membro da Comissão Nacional de Segurança Bancária, André Spiga, e o representante da Fetraf RJ/ES, Danilo Funke.

“Estamos unidos e determinados a evitar que esse projeto avance”, conclui Adriana Nalesso.