O presidente do país mais uma vez deu um show golpista. Dessa vez a plateia estava repleta de embaixadores. Com certeza, o objetivo é mandar recado para o mundo que o país passa por um momento de fragilidade eleitoral. Mas a fragilidade está mesmo é na nossa democracia.
O principal mandatário do Brasil coloca a democracia à prova. Ele desrespeita as instituições, mente e ameaça. Isso é muito grave e não será somente com notas de repúdio que iremos barrar essas insanidades.
O feito desta segunda-feira, deveria ser a gota d’água a derramar desse imenso mar de absurdos demonstrados na conduta do presidente. O povo não tem o que comer, a inflação galopa, os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras estão sendo retirados, as principais estatais repletas de representantes desses absurdos e até mesmo as polícias aparelhadas a serviço desse banquete de horrores onde a corrupção e o desrespeito são os pratos principais.
Ao questionar as eleições passadas e a que está por vir, agora em outubro, pratica claramente um ato de desespero típico de qualquer ditador prestes a perder o poder. E é exatamente isso que está se desenhando e as pesquisas deixam claro. A cada ato de Jair Bolsonaro, o país para indignado e agora ele manda esse recado para o mundo todo. Mais uma vez, atira o Brasil na lama e deixa claro que estamos à beira de um golpe, promovido por ele e seus asseclas.
Nós, bancários e bancárias estamos em meio a uma campanha salarial decisiva para o nosso futuro trabalhista, mas essa luta toda não terá resultado positivo se não voltarmos a nossa atenção para o momento do país. Com a repetição desse modelo de governo, vamos ao fundo do poço. Veremos direitos, igualdade, respeito afundar junto com a gente.
Não vamos nos intimidar com essas ameaças e sim lutar mais e mais intensamente contra todos esses disparates e colocar fim nessa insanidade que esse governo nos impõem. Vamos às ruas, conversar com os companheiros e companheiras de trabalho e de vida, refletir, pensar e escolher o que queremos. Temos essa chance, literalmente em nossas mãos agora em outubro e se faz urgente que decidamos o mais rápido possível. Vamos colocar fim nesse pesadelo que o país vive desde 2016. Vamos buscar de volta a nossa luta legítima, digna, respeitosa que sempre travamos.
Nós, a Federa-RJ e os Sindicatos dos Bancários de Campos de Goytacazes, Niterói, Petrópolis, Rio de Janeiro, Teresópolis e Sul Fluminense repudiamos esse governo e suas ações. Convidamos você a estar junto com a gente nessa luta. Vamos retomar o Brasil que está sendo sequestrado por um bando de malfeitores. Não merecemos isso. Não queremos isso. Não vamos deixar isso acontecer.
Adriana Nalesso
Rafanele Alves Pereira
Jorge Antônio
Marcos Alvarenga
José Ferreira
Júlio Cunha
Cláudio Mello