Precisamos falar sobre suicídio. Mal que aflige a categoria bancária.

Cerca de 800 mil pessoas morrem todos os anos no mundo por suicídio, o que acontece em grande parte (79%) em países de baixa e média renda, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

O problema é mundial e vem atingindo em cheio a categoria dos bancários e bancárias, cada vez mais pressionados: seja para alcançar metas, seja pelo trabalho estressante, seja pelo assédio moral. Por isso, a Federa-RJ decidiu abordar o assunto numa live realizada nesta quinta-feira (30/09) cujo tema era “O Cenário do Comportamento Suicida no Brasil”, com a professora doutora em Saúde Pública Leticia Legay (Fiocruz e USP). O debate ao vivo foi mediado por Julio César Cunha, presidente do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, e contou com ampla participação dos representantes de sindicatos filiados à Federa-RJ de várias regiões do Estado.

Os participantes trouxeram depoimentos e perguntas sobre o tema, evidenciando como a categoria vem sofrendo com problemas relativos à saúde mental, um dos “gatilhos” para o suicídio. “Quando a pessoa pensa em suicídio, ela não está querendo morrer. Ela não está encontrando uma solução. O sofrimento psíquico é tão forte que ela não consegue enxergar a solução”, explicou Leticia. A professora também destacou a necessidade de estar atento aos sinais como ansiedade e angústia e ficar alerta em relação ao consumo abusivo de álcool e drogas que podem disparar processos que culminam em suicídios.

Leticia ressaltou a importância de criar redes de apoio e lembrou que os sindicatos tem um papel fundamental ao acolher bancários e bancárias que estejam enfrentando problemas de saúde mental. Ajuda especializada pode ser encontrada em locais como o CVV (Centro de Valorização da Vida) que funciona 24h pelo telefone 188 e também atende por e-mail, chat ou pessoalmente. Visite o site www.cvv.org.br para mais informações e assista a live disponível do YouTube e no Facebook da Federa-RJ.

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