Depois dois meses e meio de negociações e duas rodadas que acabaram pouco antes do amanhecer, a Fenaban finalmente apresentou uma proposta econômica aceitável.
O acordo será de dois anos e há previsão de aumento real nas cláusulas econômicas para 2023. Para este ano, o reajuste terá índice de 8%. A parcela adicional da PLR terá reajuste de 13%, o que representa aumento no teto. O VA e o VR serão reajustados em 10% e haverá um abono no VA. Os bancos concordaram também em pagar ajuda de custo para quem está em teletrabalho.
A presidenta da Federa-RJ e integrante do Comando Nacional, Adriana Nalesso, avalia que a categoria deixa a mesa de negociação com ganhos. “Tivemos uma conjuntura adversa, com ataques às nossas conquistas em mesa de negociação e até um projeto de lei para limitar nosso direito de greve. Manter direitos em um cenário de retirada e ataques é uma vitória para categoria”, analisa.
Outros temas
A CCT ganhou duas novas cláusulas: assédio sexual e teletrabalho. O regime remoto passa a ser regulamentado, com controle de jornada, direito à desconexão e ajuda de custo, entre outras regras. Sobre assédio sexual, além de orientação e treinamento, será criado um canal de denúncias, com acompanhamento do movimento sindical. Para assédio moral também houve ganhos, com trabalho conjunto entre empresas e representantes dos empregados definido em negociação específica. Até ameaças a direitos foram afastadas, com manutenção do pagamento incondicional da complementação de salário para afastados.
Específicas
A negociação na Caixa, especialmente dura este ano, também foi proveitosa. A empresa tentou retirar direitos, mas acabou cedendo e manteve as cláusulas do último acordo. Como signatária da CCT nacional, a Caixa terá que acatar as novas cláusulas de teletrabalho e assédio sexual.
No BB o resultado também foi positivo. A principal notícia é a garantia de três ciclos avaliatórios no GDP, inclusive para gestores.
Assembleias
Nas assembleias virtuais que acontecem na noite de hoje os sindicalistas vão explicar as propostas em detalhes. O Comando Nacional orienta a aprovação da CCT e dos acordos da Caixa e do BB.
