“A quem interessa a volta ao trabalho presencial sem cumprir todas as normas de segurança? Já fizemos essa pergunta muitas vezes, mas a resposta sempre aponta para o governo que toma medidas sempre contrárias à proteção da população e consequentemente do trabalhador e da trabalhadora”, a indagação da presidenta da Federa-RJ, Adriana Nalesso, foi confirmada mais uma vez, com a nova portaria do Ministério do Trabalho e Previdência.
Nesta quarta-feira, o MTP divulgou portaria que proíbe os empregadores de exigirem o comprovante de vacinação para contratação ou manutenção do emprego.
Muitos bancários e bancárias que estão trabalhando desde o início da pandemia atendendo à população e convivendo diariamente com colegas de trabalho, exposto a todos os riscos, estavam começando a ficar mais tranquilos com a vacinação, mas essa medida traz novamente a preocupação para a categoria.
“De acordo com a lei o direito individual não sobrepõe ao coletivo” lembra Adriana que ainda ressaltou: “Essa medida impede que o empregador cumpra sua obrigação de proteção a seus empregados, já que uma pessoa não vacinada é risco de contaminação ao ambiente de trabalho”.
Os sindicatos dos Bancários e as federações da categoria já estão buscando medidas que possam suspender a portaria e tornar a volta ao trabalho presencial o mais seguro possível neste momento em que ainda não foi decretado o fim da pandemia do novo coronavírus.
“A pandemia não acabou, já observamos o aumento do número de casos na Europa e China e a retomada de medidas preventivas como por exemplo fechamento de fronteiras a fim de evitar a propagação”, pontuou Adriana afirmando que “A vacina é fundamental para conter o avanço da pandemia, porém ainda há resistência de algumas pessoas por questões ideológicas ou desinformação. Tal situação coloca em risco toda uma população. Nós tomamos vacinas desde o nascimento, foi através delas que superamos a poliomielite, sarampo, rubéola, tuberculose, tétano, difteria e muitas outras doenças”. Para a presidenta da Federa-RJ, “A ausência da imunidade coletiva permite o surgimento de outras variantes do Covid, por tudo isso é muito importante a manutenção dos protocolos, uso de máscaras, distanciamento e álcool gel. Lutamos muito pelas vacinas porque entendemos que somente assim sairemos dessa situação. É momento de esperançar mas com responsabilidade” concluiu Adriana Nalesso.